terça-feira, agosto 21

Um blog afilhado

Abaixo, trecho da primeira postagem de um blog afilhado, criado por um aluno brilhante da faculdade de História da UGF. Visitem-no.
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Dissipa no ar


Definindo espaços.

Dissipar : 1.Espalhar, dispersar. 2. Pôr fim a. 3. Dilapidar. 4. Dispersar-se; evaporar-se. 5. Desaparecer.

Está assim no Aurélio - auxílio sempre presente nas horas de incerteza. Representa bem as ricas variações e interpretações, as vezes lógicas, as vezes loucas, que nos proporciona nossa língua oficial.

Mas não posso deixar de vagar: dissipando ar; disse p’a moi, desci pra noir...

Brincadeiras com o nome desse sítio que a fonética nos permite se o pensamento criativo acompanhar.

E lá vamos nós por caminhos desvendados pela língua, pela palavra, pela voz interna, abstrata, porém contundente, que se avoluma e explode em forma de sons roubados de formas pré-definidas.

A voz que grita no peito trancado, nublado como o dia cinza desta quase tarde, meio noite, de terça-feira. Uma terça freira. Que encobre a beleza do corpo da minha cidade. Que me priva dos prazeres das cores do sol, do céu, das formas lúdicas das nuvens...

Mas que não cala grunhido da fera que meu peito abriga.

Lá, no peito, em cada canto um som, uma cor, uma possibilidade.

Em cada espaço uma vaga para o sentimento que tímido se espreita em busca de habitat.

No meu peito (e no seu também) caberão tantos sentimentos quanto vierem. Por uma questão de angústia. De necessidade. De fome.

Preciso de muitas formas de sentir para pensar, para escrever, para me revelar. E em nada vale lugares vazios no peito. Espaços desocupados são inúteis e improdutivos. [leia o resto em Dissipa no ar]

sexta-feira, agosto 17

Errante

Errante


Quando eu estiver longe, na estrada

E o horizonte estiver mais perto

Vou parar, deixar o motor esfriar

Beber uma dose de vinho e respirar

Respirar lenta e longamente

Talvez um cigarro fosse bom

Droga, estou sem cigarros, mas tudo bem

Minha mente está tão limpa agora

O céu está tão claro apesar do ocaso

E os campos estão lindos

Você já viu um trigal sob o sol poente?

Parece um mar de fogo

As ondas ígneas vêm e vão num rolar infinito

Está um pouco frio e mais um gole de vinho

O mp3 descarregou, mas tudo bem

Por que eu ouço o vento sussurrando

Não poderia estar mais perfeito

Acho que não vou mais voltar!

Quando anoitecer vou deitar na grama

E adormecer com as estrelas me olhando

Lá de cima elas irão me vigiar

E eu não terei medo algum

Estrelas são os olhos de Deus

E Ele está sempre comigo

Na incerteza escura da noite

E na paz do claro céu matinal

Na dor da tristeza e no prazer do sorriso

E por tudo isso, eu sou grato a Ele.



Diego Froes

Letras - Candelária - Noite