sábado, março 31

A solidão e a Covardia

Escondidas na sombria vida estamos eu e você

Solidão e covardia, que bela dupla fazemos

Será que voaremos nesses nossos momentos

E mesmo que voemos, será sempre esse vôo cego.

Casal da diferença que se parece. Dupla do tato!

Nas noites, na cama, quando nos deitamos

Nos procuramos e num embate de corpos candentes de fúria

Desejo te ver, te sentir, mas dá um medo, covardia.

Não consegue enxergar a oportunidade do novo dia.

Santa paz? Que nada! Santa agonia, santa paciência. Que espera!


Eu me afundo num negro mar de omissões, saudades e submissões, solidão.

Essa sou eu, esse sou eu. Fadado ao desprezo, num desvelo

Noites de vela em busca de apenas um toque seu.

Sem juízo, sem remorso, mas não há solidão sem culpa, sem ódio

Meu trágico destino, mas por quê não dizer nosso?

O que dirão de semelhante par?

Longe estou para saber, fora da órbita normal, sozinho

Certamente o mais lindo par do mundo, embora seja na minha opinião

Par de vagabundos, desnudos, fracos, estúpidos, sem vida, sem escúpulos

Mas ainda em noite que não clareia o nosso amor nos incendeia.

28.03.07

12:07 (noite)

João Claudio de Lima Júnior

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Alou, Junior. Sai dessa, meu irmão. A vida é muito mais do que perda(s)...E vê se responde os contatos que algumas pessoas da turma tentam fazer com você. Abraço :[

9:54 AM  
Anonymous Anônimo said...

Uau!!! Gostei muito cara!!!
Mas não fica longe do seu par não! Chega junto!
(leviana , mas sinceramente ) : )
Su

10:31 PM  

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