A palavra que se repete
O amor é olhar e ver, sentir e pressentir
Sem nada dizer, tudo se entender
O verdadeiro se compreende, atende aos desejos
Até a alguns meio sórdidos.
O amor se preocupa, se ocupa do banal, do trivial
Faz coisas insanas, chama atenção, chora
E ri, ri de gargalhar, de fazer cair no chão
Também se lamenta. Ah! E como se lamenta!
O amor não é só isso, não pode ser
coisa abstrata, ingrata e incondicional
O amor trabalha com homens, humanos
Homens, humanos, são burros, somos muito burros!
O amor precisa entender, que ele precisa mesmo é
Simplesmente dizer.
É necessário fazer, mostrar, pedir, jogar na cara
O amor precisa parar de se repetir.
Para o amor não tem fórmula
O melhor é não ter regras,
Mas é preciso ter ética,
Mas o que será a ética do amar?
Será que o amor se esgota?
Não sei, para o amor nem há respostas
Só sei que essa palavra se repete e ninguém a entende
Já não sei se quero entender, mas quero um amor que não me deixe mais sofrer.
João Claudio de Lima Júnior
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