domingo, março 18

A palavra que se repete

O amor é olhar e ver, sentir e pressentir

Sem nada dizer, tudo se entender

O verdadeiro se compreende, atende aos desejos

Até a alguns meio sórdidos.

O amor se preocupa, se ocupa do banal, do trivial

Faz coisas insanas, chama atenção, chora

E ri, ri de gargalhar, de fazer cair no chão

Também se lamenta. Ah! E como se lamenta!

O amor não é só isso, não pode ser

coisa abstrata, ingrata e incondicional

O amor trabalha com homens, humanos

Homens, humanos, são burros, somos muito burros!

O amor precisa entender, que ele precisa mesmo é

Simplesmente dizer.

É necessário fazer, mostrar, pedir, jogar na cara

O amor precisa parar de se repetir.

Para o amor não tem fórmula

O melhor é não ter regras,

Mas é preciso ter ética,

Mas o que será a ética do amar?

Será que o amor se esgota?

Não sei, para o amor nem há respostas

Só sei que essa palavra se repete e ninguém a entende

Já não sei se quero entender, mas quero um amor que não me deixe mais sofrer.

João Claudio de Lima Júnior