domingo, março 4

Bravos brandos e ritos de uma ópera inacabada.

Ontem me lembrei, de tudo que passamos
uma lágrima escorreu pela minha face
Mostrou tão claramente o quanto fostes para mim

Tu eras das belas intocável
Das perolas a mais formidável
E como mágica quebrada saiste de mim

Choro o pranto da noite
Mergulhado na penumbra
Emociono-me em saber o quanto fiz mal
o quanto eu não soube aproveitar

Agora tens em minha lápide o maior de seus troféus
e na festa das almas apenas tenho histórias a contar
Veja que feitiço poderoso que me deixa sem palavras

Como no vale das sombras da morte
Temo apenas ser tomado por tudo aquilo novamente
Oh, intocável peróla!
Oh, Magnânima senhorita!
Porque fizestes de mim sua maior conquista ?
Porque tomaste meu coração em consignação ?
e devolve me despedaçado, és a mais rara entre as raras
A de beleza mais farta, e usas disso para se vingar de mim

As vezes sinto falta de apenas uma palavra, de uma frase,
mas principalmente falta de saber que amanhã estaria com você
mas desta certeza não te privo minha preciosidade

Do mesmo jeito arrebatador com que me apareceu
se foi deixando, acima de tudo as lembranças do tempo
em que era fácil me sentir feliz, apenas olhar para ti
do tempo em que o céu era mais azul, o sol mais brilhante
do tempo em que vivias no meu coração, ou melhor do tempo em que
eu estava vivo.

Rabecas e ocarinas soam as ultimas notas da ópera
que as poucos se acaba, Ouve-se brandos, e sussurros
lembranças e comentários, o fim está próximo
Todos se preocuparam em tomar seus lugares
e nada restou a mim, apenas permanecer reflexivo
e olhar, como tudo se acaba tão facilmente

A luz se apaga, me espanto em ver como tudo se vai
tão rapidamente, já não sei se sou o mesmo
Já não sei se tenho coração, se respiro, ou se vivo
pela esperaça de te ver outra vez.


Lucas Saad - LET 101 - Piedade, 1º período.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

adorei esta poesia,me lembra as poesias medievais ^^

7:59 PM  

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