quinta-feira, fevereiro 22

O livro pela capa

Considero o ato um mecanismo natural de defesa. Tão natural que o utilizamos sem mesmo perceber. Involuntariamente ou não, esse julgar pela aparência remete-nos a conceitos concebidos a partir de experiências vividas, narradas, lidas. As premissas de um contato puramente visual informam-nos a respeito do objeto alcançado pelo olhar, iniciando uma pré-análise responsável pela adjetivação do objeto. Este procedimento é comumente utilizado num primeiro encontro para criar a expectativa do que está por vir. Conseqüência disso é a conclusão que nos leva a agir, por vezes de maneira precipitada, causa da frase controvérsia: “A primeira impressão é a que fica”.

Não acredito na frase citada! Alguns fatores colaboram para derrubar este paradigma comportamental imposto (adivinhem por quem). Só para citar um exemplo bastante conhecido, cuja lembrança emergiu da minha memória, temos uma propaganda de desodorante (mais uma vez não citarei a marca, até porque nem sei se ainda é veiculada) “batendo ou que batia nesta tecla”.

Ora, o nervosismo nos faz agir de maneira diferente, inesperada; assim como a ansiedade, a raiva, a felicidade, o mal-humor, a fadiga, o luto, a tristeza, o amor; destacando apenas alguns motivos/sentimentos que norteiam nossas atitudes, desde um simples aperto de mão a um soco na cara. O mais importante é saber utilizar os artifícios que temos a nosso favor, não esquecendo do respeito dispensado ao outro, ao próximo, com a intenção de ser mútuo, recíproco.

André Luis - Letras - 2º período