sexta-feira, dezembro 8

A amargura do abandono

Contigo dividi meus sonhos mais íntimos.

Você conhece meus pensamentos, até os mais ínfimos.

Minha esperança esteve derramada sobre seu colo.


O que eu posso fazer? Você me deixou.

Esqueceu-se do completo amor, me abandonou.

Como eu hei de viver assim?


Quero, de mim, você perto

Embora não posso negar que me deixaste o peito aberto.

Feriu-me! Não sei se há volta, pois aprendi a curtir a revolta.


Sou um execrado, humilhado, escrachado

Mas tudo isso tem me preparado.

Sobre tudo estou firmado alegremente.


Tenho prazer nessa nova fase, mas deixe doer

Afinal que regozijo se entenderia sem o sofrer

Em tudo tem seu tempo, nada chega a ser um tormento.


Na vida do homem não pode faltar amargura

Por mais que vida nem seja tão dura

Quem não se amargou nunca conhecerá o doce do viver.


João Claudio de Lima Júnior; 08/12/2006 para Ludmilla

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Quanta intensidade!
Meus pesares pela infelicidade.
Se precisares,
podes contar com minha amizade.
Abração :[

2:39 PM  
Blogger cosmesousa said...

Me identifiquei muito com a Hilda, em boa hora.
abraços de50u54

10:47 PM  

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