domingo, março 18

Pré-Erupção


"Bip, bip, bip"…

Meu pensar

Infinidades e infinitudes

Elocubrações enfermas

Pressão no centro do peito



O pensamento doesn't stop

O pensamento can't stop

É vento de brisa, mansinho

É chato, doente, é frio.



Pensamento é como seu pai

É a face oculta do homem revelado

Dos olhos e da boca gotas escorrem

Vermelhas, quentes, são lavas



Vulcão adormecido no peito

Enquanto isso apenas lágrimas salgadas

Intocável, indolor, cerrado

Resultado de crostas de antigas dores



Até quando oculto estarás?

Olhe para os quadros de Kahlo

Sua vida, sua dor, sua arte

Até quando te esconderás?



Nessas linhas começa a estremecer

Nos versos se há de mostrar

A morte, o poeta, o vulcão a explodir

Muita gente vai partir



As fronteiras vão se estender...

"Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiip"
Joao Claudio de Lima Junior