segunda-feira, outubro 30

A Difícil Arte de Aceitar

Aceito:

Ser inteira

Não me moldar conforme o mundo.

Ter medo, mas não ter medo de ter medo.

A Morte.

Sonhar.

Viver.

Ter insegurança, mas não deixar que ela tome conta de mim.

As perguntas.

Os pensamentos bons e ruins.

Amar... me amar.

Ter raiva... ódio... mas não deixar que eles me dominem.

O agora.

Entregar-me de corpo e alma a esse momento.

A tristeza.

A dor... não o sofrimento.

Aceitar, sem dúvidas, as coisas simplesmente como elas são.


Dinair Fonte (Letras - 3º período)

domingo, outubro 29

Meu

Abraço a sorte e o capricho do destino que me fez conhecer-te

Bela natureza , quanta beleza,quanta certeza

Sou sabedor

Sou seguidor desse amor

De joelhos me prostro a beijar o seu mundo

Sacio minha sede

Sou abundância e busco abundância

Vejo no reflexo da verdade

A nossa vida de pés no chão

E olhos ao horizonte.


Aline de A. Fernandes

"PRETTA"

quarta-feira, outubro 25

Gatos, gatos, gatos


Gatos, gatos, gatos!

Adoro gatos!

Eu tenho um gato, que como todos os gatos

Me acorda cedo com seu ronronar suave

E um leve roçar de patas e bigodes.

Enquanto inquieta, me olha,

seus olhos são duas frestas estreitas e misteriosas,

serenas e atentas, que parecem me dizer: para que a pressa?

O tempo passa, não importa o que se faça.

Como não gostar de gatos,

Se corajosos, nas noites quentes

gritam despudoradamente para a lua cor de prata,

seus amores perdidos e os que ainda estão por conquistar?

Gatos que se enroscam em meu colo,

e quietinhos se deixam ficar mansamente adormecidos,

só por vezes levemente estremecendo,

quando sonham com anjos-passarinhos.

Gatos, gatos, gatos!

Queria ser um gato!


Lilian Sant'Anna Monteiro (Letras)

As músicas

Canto as românticas
Por não ter coragem
De citar os versos
Das tristes que
Me fazem lembrar você

Canto as alegres
Para fingir alegria
Pois na verdade
Existe em mim a agonia
De não te ter

Finjo a felicidade
Que a cada instante
Está mais longe de mim
E aos poucos desabita meu ser.

Aline de Almeida - Letras (LET 107)


terça-feira, outubro 24

Mais que o Óbvio


Dizem-me que peço muito, anseio demais.

Por que, então, desta vida nada obtenho?

Estou cansado de migalhas, frangalhos, resto.

Não, não falo de bens materiais...

Senão do amor, do carinho, do respeito.

Aquilo que todo homem tem direito.

Quero que mude, que se transforme, quero mais.

Me sinto triste, cansado do egoísmo desmedido.

Deste mundo infeliz, obscuro e perdido.

Ó Amor! Saia destas sombras tais.

Vamos passear, nos unir, venha me buscar.

A certeza é esta: - Temos tanto a realizar.

Quero paz, luz, amor em abundância.

Isso é mais que o óbvio...

Joao Claudio de Lima Junior

(Letras-UGF)

Que sonho foi esse?


Os Sonhos são misterios diáfanos

Doses de enigmas revelados, faíscas de desejos.

Tudo o que sei a respeito nem posso contá-lo.

Me falta a estrada, toda uma caminhada.

Muitas figuras a serem denotadas.

O que me queres revelar?

Eu irei descobrir o que estás a me ocultar.

Só te peço: - Dá-me tempo

Para viver e tentar descobrir, entender.

Joao Claudio de Lima Junior

(Letras-UGF)

segunda-feira, outubro 23

Haicai Fajuto


Estrada, corre chão
Anoitece
Trovão!

T.H.

Vida a entender


É melhor não tentar entender,
o negório mesmo é viver,
já que é para ser...
...então, vamos fazer!!!

Procurando identidade,
vivendo com intensidade,
apesar das dificuldades,
tentando escapar da falsidade,
mantendo a(s) amizade(s).

O que vier, veio; e o que não vier...
...se quiser muito, e for importante, busque!
...se quiser muito, mas não for tão importante assim, tente!
...se quiser muito, e for meio banal, deixa "rolar"!

O interessante é acontecer.
O resultado? Nem sempre é o esperado...
...mas se não acontecer,
delicie-se com o vazio que isso vai lhe proporcionar.

E uma coisa eu posso afirmar:
esse tal vazio não é nem um pouco interessante.
Então viva!!!

André Luís (Letras)

quinta-feira, outubro 19

Evocação


O forte aroma das flores da morte

Invadiu minhas narinas, quando profundamente inspirei

Uma triste recordação...

Tomou de assalto a minha conturbada mente;

Minha memória prendeu-se a lembranças...

Lembranças de um desconhecido conhecido,

Ou seria ele um conhecido desconhecido?

Aquela que é temida por muitos

Nunca me deixará saber.

Ela veio buscá-lo, num momento totalmente...

Inoportuno, pelo menos para mim.

Uma pontada de dor atingiu meu coração;

Fazendo-me saber que acabou...

Adormeci sabendo onde ele estava.

Quando despertei de meus devaneios

Ela sussurrou no meu ouvido:

“Eu o levei; agora ele faz parte do meu mundo”.

Tentei escapar.

Não sei como fui parar lá.

Não tive forças para encarar;

O que pude fazer foi voltar...

E tentar me conformar.

André Luis (Letras - LET 107)

Roubam-se corações


Roubam-se corações,

estava escrito.

Corações delicados,

corações ternos e perfumados.

Os pequenos, os grandes e os furta-cores,

os sem mácula e bem diáfanos,

mas também os negros e perigosos,

os cheios de perfídia, os profundos e violentos.

Os ciumentos e os benevolentes

que só pensam em bem querer

alguém como você.

Os que batem depressa, acelerados,

e os que batem em compasso de espera,

por alguém como você.

Os que ficam sem fôlego e quase param por sofrer

por alguém como você.

Por que? eu perguntei,

Por prazer, me responderam.

Lílian Sant'Anna Monteiro (Letras)

quarta-feira, outubro 18

Novos sites em Links

Site bacana para angloparlantes

sábado, outubro 14

Poema

quero prender o agora
aqui nos meus mundos
cheios de movimento

mas não há como conter
o instante fugidio

nem o que revolve aqui dentro
(sempre a espera e sempre a busca)

Juliana Meanda (Letras - EDU 432)

sexta-feira, outubro 13

O Tempo


Momentos que se perdem e não podemos perder. Tiro por min, neste mundo louco onde não se tem tempo para nada, que crianças com seis meses de idade saem do convívio dos pais para se infurnarem em bolhas de pseudo educação, orientadas por auxiliares de sei lá o quê, que mal sabem o “bê-á-bá”.

E nós que somos pais perdemos sorrisos novos, piruetas e peripécias que adoraríamos ver, e o que é pior, é que estes projetos de gente ganham uma independência para qual não estamos preparados, viram-se de costas para nós, como se já fossem gente, na entrada das jaulas da educação sem nem mesmo olhar para trás e nós com o coração a chorar os deixamos, sabendo que isso é o melhor para eles; já que a vida não para nem para eles.

Hoje, quando saio logo pela manhã, algumas das vezes nem mesmo sem dar-lhe um beijo, olho para traz e vejo meu projeto crescer e desenvolver-se como a ciência da computação, a qual não conseguimos acompanhar.

Isto é a vida que nós construímos, frenética, louca num ritmo que não conseguimos acompanhar, sobrando para a mais sublime das relações e o maior e mais belo amor que se pode ter o tempo de um piscar d’olhos e nada mais.


Rogério Marques (LET 101/História)

domingo, outubro 8

Ciclo do Relativo Questionável

Fazemos o que não queremos.

Perguntamos o porquê de querermos aquilo.

É tanto sacrifício, porque o que se quer nem sempre se tem.

O que não nos interessa quase sempre está ao alcance das mãos.

Por que disso, por que daquilo, porquês...

Questionamentos de uma mente pueril?

Não sei. Ainda há muito o que decifrar, ainda há muito para viver.

Só basta saber se conseguirei saber o porquê de tantos porquês.

Ser feliz independente das dúvidas, estar certo no meio de tantas incertezas, inimizades, injustiças, incongruências

"Ins" um mundo que mais parece uma selva

Que desconsidera todas as relações de cooperação,priorizando a competição, a violência e a corrupção.

Ser feliz? Estar certo? Isso não é para qualquer um.

Há de haver um sentido. Um porquê pelo qual lutar.

Há de haver um, que te faça enfrentar. Este só o quero encontrar.

É...Mas eu sei, eu já o encontrei:

Deus, sem Ele não há lugar.

Resposta dos meus porquês,

meu querer como realizar.

João Claudio de Lima Júnior

(Letras-UGF)

quinta-feira, outubro 5

Popozuda e Dorotéia (Parte I)

Popozuda era muito antipática, arrogante, soberba e metida a gostosona. Realmente não posso negar que ela era muito bonita, dona de uns lindos olhos e bundas foras de série, por isso, vivia se exibindo.

Já Dorotéia era muito simpática, humilde, atenciosa e generosa. Tudo que possuía compartilhava, de bom grado, com seus vizinhos e amigos. Valente, de fibra, garra e muita disposição, encarava chuva e sol, trabalhando duro para sustentar a família. Ela, sua família e todos adjacentes não simpatizavam muito com a Popozuda, de modo que vivia lhe praguejando, querendo ver a ruína da rival a qualquer custo.

Sabemos que nesse mundo animal, tanto no irracional quanto no racional, vertebrado ou invertebrado, não importa a classificação, é a lei da sobrevivência que prevalece. E nessa lei, um come o outro, seja cru ou assado, sem dó nem piedade, portanto, quando perece alguém, o cadáver, dependendo da situação, acaba virando churrasquinho.

De tanto ser mau-olhada e praguejada, não é que a bunduda Popozuda um dia se deu mal de verdade! Eu a conheci por acaso e, sem intenção, acabei sendo o principal culpado pelo seu final trágico.

Engraçado como o ser humano faz coisas que não deve e, quase sempre, diz que foi sem intenção! Sem querer, não é mesmo?

Bom, sem mais delongas, esse episódio ocorreu no Cosme Velho – Zona Sul do Rio de Janeiro, a data não me vem à memória nesse momento, mas não vem ao caso agora.

Foi num maravilhoso sábado ensolarado, por volta de meio dia e meia, na mansão dos Garcia onde tudo aconteceu. Os patrões tinham viajado e eu fazia companhia à Raimunda, uma cozinheira muito competente, cheia de dotes e talentos, uma baiana daquelas, muito simpática e arretada. Quando ficou sabendo que o calhorda do seu marido estava morando com outra entrou em uma terrível depressão. Ali na copa, só ela e eu, só nós, tomando uma cervejinha, ouvi, pacientemente seu desabafo. Aquela conversa foi mexendo comigo, algo que a cabeça não controla foi brotando, de modo que fiquei doido para dá-lhe um amasso (mulheres com semblante triste me deixam completamente atraído, alucinado) e ela sempre, mas também com vontade, se esquivando, bancando a difícil. Continuamos nesse chove-não-molha por um bom tempo, mas, como não sou burro, senti que o terreno já me era favorável e resolvi, estrategicamente, deixa-la sozinha cuidando do almoço, mais tarde poria em prática meu bem intencionado plano. E fui à varanda enquanto ela preparava uma deliciosa língua...

(Manoel - Letras)

Para que a memória?

Não tenho memória de mim, ou ao menos não quero tê-la. Para que a memória?

Guardar momentos bons, alegres, felizes? Não vale a pena se junto estão os incontáveis momentos de dor, angústia e sofrer.

Quero que deixe de doer:

-Os erros do passado, as mentiras, as ilusões, o pecado.

Ah! E os momentos bons? Quero enfocar-me nos que virão!

Eu creio que sim! Esse tempo bom está por vir, mas ainda sim não quero registrá-los, apenas deixá-los passar juntos com os seus incontáveis momentos de dor angústia e sofrer.

Memória, para quê?

João Cláudio de Lima Júnior

(Letras- UGF)

quarta-feira, outubro 4

O amor acaba


O amor acaba. Acaba quando são chegados os invernos financeiros, quando o calor dos
braços ardentes da paixão esfriam e a monotomia dos tempos chuvosos, dos
invernos, invade os corpos entorpecidos pelos dias.

(Rogério Marques - LET 101)

terça-feira, outubro 3

Esperamos

Esperamos. Esperamos quem temos, esperamos quem perdemos. Esperamos o outro decantado de HH ou o jardineiro ao lado. Esperamos o amor que maltratamos. Esperamos quem nos maltratou. Esperamos, vezenquando, alheios ao fato de que esperamos. Esperamos o que sonhamos, esperamos o que já passou - novamente. Quando a espera dá uma trégua, vivemos! e, da Vida, esperamos...

Textuário

Acepções
adjetivo
1 relativo a texto; textual
substantivo masculino
2 livro constituído apenas de texto(s), sem notas explicativas nem comentários


Etimologia
rad. texto (com tema -u da 4ª declinação) + -ário; ver text-; f.hist. 1874 textuario; a datação é para o subst.

(Fonte: UOL Houaiss)