segunda-feira, abril 23

Diário de Viagem (I)


Diário do passeio de fim de semana para Ilha Grande (na verdade, um resumão)

Data inicial: Quinta-feira, 05 de abril de 2007

Data final: Domingo, 08 de abril de 2007

Feriado: Semana Santa / Páscoa

Parte I

Sonhado vários dias antes, cuidadosamente planejado. Consultas infindas ao sítio www.ilhagrande.org. Previsão do tempo. Previsão dos gastos. Ligações e ligações. Resolvido: vamos à Ilha Grande no feriado da Páscoa. Terceira tentativa de um, primeira do outro. Aquele convidou uma terceira pessoa que conhecia a ilha por ter ido algumas vezes ao local. Em cima da hora, ela desistiu. Fomos os dois, rumo ao desconhecido. Ficaríamos na casa de um colega de trabalho, por este morar mais próximo do lugar onde teríamos de ir. Centro da cidade do Rio de Janeiro, dezoito horas e trinta minutos. Saímos. Passamos numa loja de mantimentos. Em seguida, embarcamos no ônibus que levou-nos a Campo Grande; eu, como de costume, todo enrolado pra carregar uma mochila e uma bolsa de viagem com minhas tranqueiras guardadas! Vinte e tantas horas, chegamos. Algumas horas depois, esperando na rodoviária, decidimos partir, eram vinte e duas horas e outros tantos minutos. O plano não funcionara. O ex-colega de trabalho deixou-nos na mão. Procuramos informações sobre como proceder para chegarmos a Mangaratiba, local de onde parte a barca para a ilha. Depois de alguns minutos caminhando e perguntando, conseguimos embarcar no ônibus para Itaguaí, a van que apareceu antes não faria outra viagem para lá, e fomos informados que teríamos de ir para Itaguaí e de lá para Mangaratiba. Última condução de Campo Grande até Itaguaí. O despachante informou-nos que provavelmente conseguiríamos chegar a tempo de embarcar no último ônibus da linha Itaguaí x Mangaratiba, às onze horas e quinze minutos. Chegamos exatamente na hora em que o ônibus daria sua partida em direção a Mangaratiba, nosso objetivo. Entramos. No meio do caminho, uma pequena confusão. O ônibus lotou. Lote de pessoas espremidas umas nas outras. O mau humor quis tomar conta do ambiente. Palavras soltas transbordavam em todas as direções. Umas brincalhonas, outras extremamente esdrúxulas. Todas ficaram engraçadas. Um acidente deixou-me perplexo: uma Kombi virada de cabeça para baixo na estrada, e, graças a Deus, todos os passageiros intactos, até onde meu senso pôde perceber. Longa viagem! Finalmente chegamos a Mangaratiba. Ao sairmos do ônibus escutamos uma voz anunciando uma barca que estava partindo naquele momento para Vila do Abraão, porta de entrada da Ilha Grande. Mijamos e pela quarta vez consecutiva embarcamos numa condução. Ajeitadas as bagagens, assentamo-nos na embarcação clandestina, que não demorou muito a partir. Viagem tranqüila, a não ser pelas quase viradas do barco, em que a água ameaçava entrar...e pelo condutor, que não sei de onde ele tirou a idéia de atracar na praia! Quase tivemos que descer do barco para empurrar, ainda bem que deu tempo de ele “acordar” e contornar a situação, atracando no píer, o local ideal!(talvez tenha sido o cheiro da marola de maconha que rolou no meio da viagem a afetar o cérebro dele). Algumas horas passadas e avistamos nosso objetivo maior: a ilha. Madrugada de sexta-feira; e para completar a situação a vila estava sem luz. Breu e escuridão eram o que tínhamos pela frente. A falta de conhecimento do local fez-nos andar em busca do abrigo: o camping. Sem o endereço, fomos tentar achar, mas antes fizemos uma pequena pausa para sentar e comer algo. Caminhamos até uma pequena ponte e resolvemos perguntar para o vendedor de hambúrguer, o qual apontou-nos a direção do Santana’s Camping, muito atencioso. Fomos recepcionados e direcionados à barraca que abrigaria-nos. Sorrimos e depois de todo o empenho empregado para chegar ao local, descansamos. Antes de descansar, o banho acompanhou-me. A mesma roupa, meia e tênis do dia inteiro de quinta-feira ainda encontrava-se pendurada no meu corpo, clamando insistentemente para deixá-lo. Após o merecido e esperado banho, o sono. Colchonete posto, tranqueiras guardadas. O travesseiro foi o atrativo principal daquele momento.


]: André Luis, Letras, CAN/noite, 2º período :[

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Rapaz, que disposição! Embarcar numa dessas! Queria eu ter coragem de me aventurar assim. Por fim as venturas e desventuras da viagem acabam se tornando uma ótima narrativa para contar numa roda de amigos, num blog, aos netos...
Não é? : )

9:48 PM  
Anonymous Anônimo said...

Pois é, Su. E isso é só o começo...rs :[

8:52 AM  
Anonymous Anônimo said...

Na próxima aventura tente ir da praia do Bananal, na Ilha Grande mesmo, lugar paradisíaco!Aliás, como tuda Ilha Grande. Se tiver disposição e coragem faça a trilha até o presídio!

bjs

5:03 PM  
Anonymous Anônimo said...

Aí Deko,
Da próxima vez, vamos na Praia do Meio - Pedra de Guaratiba.
Sempre tem Lual e a areia fica florescente na escuridão da noite!

10:14 AM  

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